quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Governo descarta risco de ‘vaca louca’


BRASÍLIA - A confirmação da presença do agente causador da doença da vaca louca em uma matriz bovina, que há dois anos teve morte súbita numa fazenda em Sertanópolis, no Paraná, causou apreensão na pecuária brasileira. O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Enio Marques Pereira, diz que não se trata de um caso clássico da doença, mas de um fato isolado, tanto que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) manteve o status brasileiro de "risco insignificante" para a enfermidade.
O governo brasileiro está preparado para contestar as possíveis restrições às exportações de carne. Enio Marques avisou que se houver "decisão precipitada de algum país", o Brasil primeiro dará as explicações bilaterais e se mesmo assim as restrições forem mantidas irá pedir a aplicação do acordo sobre medidas sanitárias da Organização Mundial de Comércio (OMC), podendo até recorrer a um painel.
As autoridades da defesa agropecuária reiteram que não houve ocorrência da vaca louca no Brasil, pois o animal de Sertanópolis era apenas um portador da proteína que causa a doença. A morte da fêmea foi provocada por outros motivos, mas os veterinários que foram até a fazenda realizar a exumação do corpo, que estava enterrado há mais de um ano, não chegaram a uma conclusão sobre a causa.
Exames. A veterinária chamada na fazenda para registrar a morte do animal enviou amostras para exames de raiva bovina, que foram negativos. As amostras foram encaminhadas para exames mais apurados em Curitiba, que detectam a vaca louca, mas o laboratório onde o teste seria realizado pegou fogo. Os técnicos enviaram o material para outro laboratório em Minas, onde ficou por mais de um ano em lista de espera. Por isso o resultado só ficou conhecido agora, após as amostras terem sido analisadas na Inglaterra.
O secretário Enio Marques diz que se trata de "uma ocorrência antiga e isolada, que não traz risco nenhum à saúde pública e à sanidade animal do País". Marques lembra que justamente para prevenir a doença, dede 1996 foi suspenso o uso de resíduos animais (como sangue e ossos) na fabricação de rações. O sistema de criação extensivo, a pasto, da pecuária brasileira também é refratário à ocorrência do caso clássico da doença, diz ele.
O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, explica que o serviço de defesa agropecuária trabalha com a hipótese de que o agente (príon) causador da vaca louca encontrado na fêmea morta no Paraná se deve à uma "mutação aleatória", fato que pode ocorrer em qualquer país do mundo.
Por isso, diz ele, não existe a classificação de país livre da vaca louca e sim de risco insignificante. O secretário Enio Marques explica que os 13 anos da vaca morta no Paraná equivale a idade de 80 anos para os humanos, que também sofrem de uma enfermidade degenerativa parecida.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Produtores de Presidente Prudente - SP formam GTE de Pecuária Sustentável!

Em evento realizado por produtores de Presidente Prudente - SP foi formado GTE (Grupo de Troca de Experiências) de Pecuária Sustentável!
O objetivo do grupo será se reunir periodicamente (1 vez/mês) para definir ações tanto técnicas como comerciais para melhoria e sustentabilidade da atividade.


A participação foi intensa e a discussão sadia e construtiva, porém acalorada, ultrapassando o tempo programado para a primeira reunião.
Entre as ações discutidas para janeiro e fevereiro, duas se destacaram como prioritárias: Palestra Técnica de Calagem (convencional e líquida) e Compra Coletiva de Insumos para Rações.
Foram discutidas também ações como treinamento de funcionários, confinamento, suplementação mineral, qualidade de vermífugos e comercialização de bovinos.



A próxima reunião já está acertada para quatro de fevereiro de 2013 e a expectativa é que tenha um número de participantes superior aos 22 que estavam da primeira reunião.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Comparação Pecuária X Outras Culturas

A pecuária intensiva, corte e leite, continua competitiva considerando-se uma margem bruta de 20% para cada atividade.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

AULA DE DIREITO ou Até quando aceitaremos o oligopsônio dos frigoríficos!


AULA DE DIREITO

Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Como te chamas?
- Chamo-me Juan, senhor.
- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Juan estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estávamos assustados e indignados porém ninguem falou nada.
- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...
Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou tímidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso... para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira. Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado...  Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém... respondam a esta pergunta: agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?...
Todos ficamoscalados, ninguem respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!!!
- E por que ninguem fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para pratica-las?
- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!
- Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente.
Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.

sábado, 28 de julho de 2012

PERSPECTIVAS DE AUMENTO DAS CHUVAS NO CENTRO-SUL DO BRASIL


PERSPECTIVAS DE AUMENTO DAS CHUVAS NO
CENTRO-SUL DO BRASIL
O fenômeno El Niño continua em evolução na região do Pacífico Equatorial, com
prováveis efeitos sobre o clima da América do Sul no decorrer do trimestre que inicia em
agosto e termina em outubro de 2012 (ASO/2012), especialmente no sul das Regiões
Centro-Oeste e Sudeste e em parte da Região Sul do Brasil. Contudo, ainda são notados
sinais de circulação atmosférica típicos da fase fria do fenômeno
El Niño - Oscilação Sul (ENOS) no setor oeste do Pacífico Equatorial.

PREVISÃO CLIMÁTICA PARA O TRIMESTRE ASO/2012


 A figura abaixo mostra a previsão de consenso em tercis para a pluviometria do trimestre ASO/2012.



Figura 2 - Previsão probabilística (em tercis) de consenso do total de chuva no período de agosto a outubro de 2012.


PREVISÃO POR REGIÃO

NORTE

Chuva: abaixo da faixa normal do norte do
Amazonas até o nordeste do Pará. Nas demais
áreas, a previsão indica comportamento
climatológico, com igual probabilidade para as três
categorias.

Temperatura: variando de normal a acima da
normal climatológica.

NORDESTE

Chuva: entre as categorias normal e abaixo da
faixa normal no setor leste da Região. Nas demais
áreas, a previsão indica comportamento
climatológico, com igual probabilidade para as três
categorias.

Temperatura: variando de normal a acima da
normal climatológica.

CENTRO-OESTE

Chuva: variando de normal a acima da faixa
normal no sul da Região. Nas demais áreas, as
chuvas são previstas em torno da normal
climatológica, com igual probabilidade para as três
categorias.

Temperatura: variando de normal a acima da
normal climatológica.

SUDESTE

Chuva: variando de normal a acima da faixa
normal no sul da Região. Nas demais áreas, as
chuvas são previstas em torno da normal
climatológica, com igual probabilidade para as três
categorias.

Temperatura: em torno da normal climatológica,
com possibilidade de maior declínio da
temperatura em alguns períodos.

SUL

Chuva: variando de normal a acima da faixa
normal, com exceção do sul do Rio Grande do Sul.
Nas demais áreas, a previsão de chuvas indica
comportamento climatológico, com igual
probabilidade para as três categorias.

Temperatura: em torno da normal climatológica,
com possibilidade de maior declínio da
temperatura em alguns períodos.

2 As análises climatológicas de chuva e temperatura para o Brasil para os trimestres correspondentes estão disponíveis no endereço
http://www.cptec.inpe.br/infoclima/climatologia.shtml

sábado, 21 de julho de 2012

Régua para manejo de pastagens por altura

Há muitos anos, desde 2003, vários produtores de Presidente Prudente e região receberam réguas para manejo de suas pastagens pela altura máxima de entrada e mínima de saída. Agora esta tecnologia está disponível a todos. A Embrapa desenvolveu e lançou uma régua que poderá ser usada por aqueles que quiserem manejar corretamente pastagens.
Veja mais informações no link:
www.cnpgc.embrapa.br

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Novas informações sobre a B. humidicula BRS Tupi

A Embrapa lançou um folder com informações sobre a B. humidicula BRS Tupi.
Você pode fazer o download deste material no link abaixo:
Pecuaria Já - O Site.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

MAPA concede licença para ZILMAX® (Cloridrato de Zilpaterol) para bovinos




-A +A

MAPA concede licença para a comercialização do produto ZILMAX® (Cloridrato de Zilpaterol) para bovinos de corte em confinamento no Brasil

Importante
Esta seção é reservada aos nossos anunciantes.
As informações veiculadas nesta seção são de caráter comercial e não necessariamente representam o pensamento do conselho editorial do site.
MSD Saúde Animal é o primeiro laboratório brasileiro a registrar o produto
 No dia 25 de junho de 2012, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) concedeu a licença para a comercialização do produto ZILMAX® (Cloridrato de Zilpaterol) distribuído pela MSD Saúde Animal tornando-se o primeiro laboratório veterinário a receber o certificado de registro do uso de beta-agonista em confinamentos no Brasil.
ZILMAX® é um aditivo melhorador de desempenho que tem como objetivos aumentar o ganho de peso diário, melhorar a conversão alimentar do animal e principalmente e elevar o rendimento de carcaça de bovinos de corte em fase de terminação em confinamento. Neste cenário, a utilização de ZILMAX® representa um novo horizonte para a pecuária de corte nacional.
ZILMAX® é administrado pela via oral, através da adição direta deste à ração total na fase final de engorda de bovinos. ZILMAX® é utilizado durante os últimos 20 a 40 dias de confinamento, com período de carência de 3 dias.
ZILMAX® atua modificando alguns sinais metabólicos das células musculares e de gordura dos bovinos, por meio de ligações entre o cloridrato de zilpaterol e receptores específicos na membrana celular. Dessa forma, o cloridrato de zilpaterol primariamente muda a partição de energia vinda do alimento ingerido, aumentando o aporte de energia da dieta para o tecido muscular em comparação ao tecido adiposo.
Os receptores específicos dos beta-agonistas em animais são divididos em três subtipos: receptores beta-1, beta-2 e beta-3 e estes estão presentes na maioria das células de mamíferos. Contudo, a distribuição e a proporção dos subtipos de receptores variam entre os tecidos e as espécies. Em bovinos, por exemplo, predominam os receptores do tipo beta-2 nas células musculares e adipócitos, podendo chegar à proporção de 75% de beta-2 e 25% de beta-1 nas células de gordura.
A maior afinidade do cloridrato de zilpaterol (ZILMAX®) por receptores do tipo beta-2, justifica a razão pela qual a molécula eleva o desempenho de bovinos, melhorando o rendimento de carcaça, como também, proporcionando o maior rendimento de carne à desossa da carcaça de animais alimentados com este beta-agonista.
Rodrigo Goulart, Médico Veterinário e Gerente Técnico Zilmax da MSD Saúde Animal, atesta que a utilização de ZILMAX® em confinamentos em diversos países pelo mundo como: África do Sul, México, Estados Unidos e Canadá tem sido fator de sucesso destas operações. “Com a introdução desta tecnologia no Brasil, será possível elevar a produção de carne de boa qualidade com menor utilização de recursos ambientais e de modo sustentável”, ressalta o Médico Veterinário.
Vilson Simon, Diretor Presidente da MSD Saúde Animal, afirma que o Brasil tem dois grandes desafios pela frente: abastecer o mercado interno e atender a crescente demanda externa. Dados disponibilizados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), informam que a população mundial chegará a 9 bilhões em 2050. “Conseguiremos atender a demanda de proteína animal com a utilização de tecnologias seguras e já estabelecidas no mercado, melhorando a nossa competitividade, sem agredir o meio ambiente. ZILMAX® permite aproveitar melhor os alimentos e reduzir os custos do pecuarista”, finaliza Simon.
 Esse medicamento tem a venda proibida em casas comerciais e estabelecimentos de produtos agropecuários.
Fonte: Beef Point

O arroto bovino faz mal ao meio ambiente?





 
BRASIL03/07/2012

A flatulência do boi


Quando criança lá na fazenda ouvia meu pai dizer em tom de brincadeira, “vamos boi veio, anda bicho peidoreiro”. Hoje fico me perguntando: será que ele tinha razão? Parece que meu velho previa o futuro ou pelo menos já o antecipava, e olhe que ele era apenas um simples e orgulhoso sertanejo.

Deixando de lado meu querido pai, vamos às mais novas invencionices de ‘ongueiros’ norte-americanos, franceses, alemãs e brasileiros que não sabem a diferença entre um paquiderme e um térmita, e ficam falando abobrinhas ao vento, culpando países periféricos pela poluição atmosférica, em especial pelo aumento da produção da bufa bovina. Isso é brincadeira, não?

Sem qualquer comprovação científica, esse pessoal vem afirmando que a bufa e o arroto bovino aumentam o efeito estufa. Até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso tá entrando nessa? (A Gazeta, 26/06/1012) Inacreditável, não? Pois bem, pelo sim ou pelo não, o boi brasileiro e em especial o rebanho mato-grossenses, é a bola da vez!

Pelo que se vê, esse indisciplinado, mal-educado e analfabeto animal não aprendeu a conter seu arroto e com isso a vaca vai prô brejo, não é mesmo? Segundo análise de ongueiros e ambientalistas meia- pataca, esse energúmeno gasoso é a mais nova modalidade a colocar o Brasil entre os vilões que mais poluem o planeta, uma vez que possui o maior rebanho bovino do mundo.

Cadê os 
pecuaristas e produtores rurais, os gestores públicos que atuam na área para contrapor essa falácia? Sabemos há séculos quem são os verdadeiros poluidores globais. Embora sendo detentor da maior floresta tropical nativa do mundo com 87% de biomas preservados, única nação do planeta com tal capacidade, inteligência e competência para mantê-la viva e preservada, ainda assim o Brasil sofre ataque gratuito de ongueiros e ambientalistas meia-pataca.

Anualmente, são lançados 23 bilhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. Desse montante, 37% é emitido pelos Estados Unidos e o Brasil emite apenas 3% desse gás.

Para evitar o aumento de poluentes atmosféricos, o Brasil vem criando tecnologias de ponta implantando novas modalidades alternativas de produção e uso de combustíveis - etanol, biodiesel - energia hídrica, eólica... Sem emissão de produtos tóxicos na atmosfera, servindo de exemplo a outros países, façanha que tem a exclusividade de cientistas e do empresariado brasileiro, ainda assim pipocam ongueiros e ambientalistas meia-pataca, falando ao vento agora do peido do boi.

Quem deveria ser responsabilizado e ter o mínimo de sensibilidade com a questão da poluição ambiental seriam os mandatários dos Estados Unidos, Alemanha, Japão, China, França, Inglaterra e seus respectivos ongueiros e ambientalistas meia-pataca, que são os sujismundos do planeta, e não o boi brasileiro genuinamente vegetariano.

Como se sabe, a concentração de material particulado na atmosfera é sem dúvida um sério problema de saúde pública, e pelo que se vê a situação parece alheia aos que mais contaminam o mundo, não? Gratuitamente, ongueiros e ambientalistas meia-pataca fazem suas pontarias para o Brasil, como se tivéssemos grande culpa nesse campo.

Sabemos de nossas responsabilidades e estamos mais do que ninguém trabalhando para amenizar, impactos em ambientes antropizados, e preservando ambientes naturais. Em matéria de preservação, podemos assegurar que o Brasil é professor a dar aulas para o resto do mundo.

Todo dia nasce no país um novo invento de uso alternativo do meio ambiente, todo dia cidadãos leigos ou letrados mostram ao mundo a criatividade brasileira na preservação da vida, algo que muito nos orgulha.

Enfim, a largada foi dada: os 141 países membros da ONU teriam que apresentar bons resultados sobre o controle ambiental na “Rio+20”, e pelo que se viu foi um verdadeiro fiasco global. Por sorte, a iniciativa privada brasileira salvou o barraco apresentando resultado concreto de seus feitos, mostrando ao mundo como produzir sem poluir.

Penso sinceramente que seria de bom-senso se os gestores públicos brasileiros começassem a melhorar a comunicação ambiental no país, mostrando como o povo brasileiro vem trabalhando para preservar a vida nesta preciosa paragem que todos gostariam de tê-la.



*ROMILDO GONÇALVES - biólogo, mestre em Educação e Meio Ambiente, perito ambiental em Fogo Florestal e prof./pesquisador – UFMT/Seduc

romildogoncalves@hotmail.com

quarta-feira, 4 de julho de 2012

E o mercado, como está?

Fraco, muito fraco.

A tendência futura é desanimadora:











Para outubro então, está caindo a passos largos:











E o diferencial de preço (outubro:hoje) está deixando de ser favorável:











O preço do bezerro está estabilizado:











Como a relação de troca:











E a carne também está parada:

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Aquecimento global e pecuária: o que todo pecuarista deve saber sobre ele

Muito bom o artigo do Sérgio Raposo (Embrapa) publicado no Beef Point:
Beef Point

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Preço do Boi - Scot

A Scot Consultoria lançou um aplicativo muito bom para quem quer acompanhar o mercado do boi.

Eu fiz o download no link:

Aplicativo da Scot Consultoria

Veja um resumo do aplicativo:


terça-feira, 19 de junho de 2012

Brachiaria humidicola BRS Tupi

Novo pasto de humidicola é alternativa para áreas úmidas (25/04/2012)
Ações do documento
A cultivar de Brachiaria humidicola BRS Tupi chega em boa hora, já que há no mercado poucos materiais disponíveis para solos rasos e com problemas de drenagem. A Tupi é uma alternativa de uso para áreas úmidas sujeitas a alagamentos temporários e uma opção na diversificação de pastagens, diminuindo o risco eventual a pragas e doenças.
A BRS Tupi é resultado de uma seleção massal em populações derivadas de plantas coletadas em Burundi, no leste da África. A coleta foi realizada pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), com sede na Colômbia, em viagens entre 1984 e 1985 pelo continente africano. Os trabalhos de seleção duraram 18 anos e foram coordenados pela Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS) em parceria com outros centros de pesquisa.
A cultivar foi selecionada com base na produtividade, vigor, produção de sementes e resistência por tolerância a cigarrinhas-das-pastagens. Em avaliações agronômicas regionais e sob pastejo, mostrou capacidade de suporte e desempenho animal superior em comparação à Brachiaria humidicola comum em Campo Grande, no Acre e no sul da Bahia. Registrada junto ao Ministério da Agricultura em maio de 2004, em julho de 2009 recebeu o certificado de cultivar protegida.
De florescimento mais precoce (primavera/verão), mas de produtividade de sementes semelhante à comum, a Tupi, em comparação à comum, apresentou desempenho superior, sobretudo na seca, quando sustentou lotação mais alta e garantiu uma produção de 53 kg de peso vivo/ha, comparada a 20 kg da outra. A nova cultivar também possibilitou maior ganho de peso individual na estiagem em decorrência de sua melhor relação folha/caule e boa digestibilidade. Os resultados, contudo, variam de acordo com a região do país, relatam os pesquisadores responsáveis pelos estudos.
 “A Tupi cresce e floresce rápido e tende a acamar demais, com isso o manejo deve ser cuidadoso, com ajustes da carga animal, o que vai depender do tipo de solo onde foi plantada. Em solos mais férteis pode-se colocar uma carga animal mais alta e em solos menos férteis, uma carga menor, em torno de 1 UA (unidade animal = 450 quilos de peso vivo)”, indica Rodrigo Amorim, um dos pesquisadores envolvidos.
Características 

A BRS Tupi é uma planta estolonífera e desenvolve-se formando touceiras (crescimento cespitoso-estolonífero). Tem porte mediano e atinge uma altura vegetativa de 50 a 75 cm. Apresenta perfilhamento mais intenso e denso do que a comum. Seus rizomas (caules subterrâneos) são curtos e a bainha das folhas é estriada, com pilosidades claras chamadas de tricomas. Isso a diferencia da humidicola comum, que não apresenta pelos.
Outras características das flores que distinguem essa cultivar são: anteras amarelas (extremidade onde se concentra o pólen), diferente das roxas presentes na cultivar comum; e estigma (órgão que recebe o pólen) vermelho-escuro – na Llanero é branco com pontas roxas e na humidicola comum varia entre roxo e preto. A visível pilosidade das espiguetas da cv. BRS Tupi a diferencia das duas cultivares.
A BRS Tupi mostrou-se resistente às cigarrinhas, por tolerância, revelando-se melhor planta hospedeira que a humidicola comum. No entanto, comparando-as quanto ao nível de resistência por tolerância, a Tupi mostrou-se mais resistente.
Informações sobre a comercialização de sementes podem ser obtidas na Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), no sitehttp://www.unipasto.com.br, e na Embrapa Produtos e Mercado (www.snt.embrapa.br), Unidade da Embrapa responsável pela produção de sementes básicas e pela elaboração dos contratos de licenciamento da cultivar para que ela seja inserida no mercado.
Dalízia Aguiar (DRT/MS 28/03/14) – dalizia@cnpgc.embrapa.br
Eliana Cezar (DRT 15.410/SP) – eliana@cnpgc.embrapa.br
Embrapa Gado de Corte – Campo Grande, MS
67 33682144/33682142

quinta-feira, 14 de junho de 2012

ALIMENTANDO NOVILHOS DE CORTE COM SUBPRODUTOS DE ALGAS

Algas normalmente não estão associadas à alimentação do gado, mas uma pesquisa da Texas AgriLife encontrou alguns resultados interessantes que podem mudar isso durante estudo em três fases. Duas das três fases estão completas e a terceira fase é prevista para ser concluída em junho deste ano, de acordo com os pesquisadores.
A pesquisa faz parte de um programa global de bioenergia liderado pela Research AgriLife e é apoiado pelo Departamento de Energia como um componente da Aliança Nacional para o Avanço de Biocombustível e Bio-Produtos. O Dr. Tryon Wickersham, cientista de nutrição animal da AgriLife e a aluna de graduação, Merritt Drewery, realizaram um estudo onde novilhos foram alimentados com subprodutos da produção de biocombustível de algas, além de forragem de média e de baixa qualidade. Surpreendentemente, os novilhos utilizados no estudo não foram consumidores exigentes e os resíduos de algas foram amplamente aceitos em uma forma processada, disseram os pesquisadores. Os subprodutos de algas são o resíduo depois da extração de petróleo e estava em forma de pó.
 "O primeiro projeto testado foi palatabilidade," segundo disse Drewery. “Nós oferecemos 12 diferentes suplementos com diferentes níveis de inclusão de algas”. Nós medimos o tempo que levou para terminar completamente o suplemento atribuído. “O experimento utilizou feno de 13 por cento de proteína bruta e 1,0 quilos de suplemento oferecido diariamente”. Os subprodutos de algas, que têm em torno de 20 por cento de proteína bruta, foram misturados com os grãos secos de destilaria (31 por cento de proteína bruta) ou farelo de algodão (52 por cento de proteína bruta). Os subprodutos foram introduzidos em 0 por cento, 20 por cento, 40 por cento, 60 por cento e 100 por cento das misturas. Além disso, um suplemento líquido comercial foi também misturado com algas. "As algas podem ser misturados até 60 por cento com os grãos de destilaria ou farelo de algodão, mas como um suplemento único ou sozinho, o consumo foi drasticamente reduzido", disse Drewery.  "Os resultados mostraram até 54 por cento de taxa de inclusão e menor taxa de consumo de algas quando os subprodutos foram oferecidos sozinhos”.
“Para o segundo projeto usamos algas cruas. Nós comparamos isso à suplementação de farelo de algodão e encontramos consumo e a utilização de forragem sem alteração quando as algas foram usadas”. “Este experimento foi realizado utilizando novilhos Angus que tiveram o livre arbítrio para consumo de feno baixa qualidade, com quatro por cento de proteína bruta enquanto que os suplementos foram administradas no rúmen.”
“Administramos o suplemento de manhã pouco antes de do fornecimento do feno", disse Drewery. "A taxa de suplementação foi baseada no peso corporal”. Aos novilhos foram inicialmente oferecidos o suplemento durante uma hora, no primeiro experimento, mas se ofereceu suplementos contendo 100 por cento de algas por todo o dia durante o terceiro experimento. "Nós estávamos preocupados que não iriam comer tudo isso, desta vez, mas não tem havido problemas com recusas do suplementos", disse Drewery. Em observações visuais, os novilhos comeram metade do suplemento no prazo de 10 minutos e depois terminaram o resto em algum momento durante o horário da tarde.
"Eles também comem feno e bebem muita água", observou ela. Dr. Wickersham disse que eles tentavam também obter as algas de uma forma que fosse "facilmente aceita pelo o gado". "Estamos tentando identificar o melhor método de processamento para utilizá-lo na criação de gado", disse ele. "Os subprodutos de algas tem elevado teor de sal, pois estas são de água salgada". Dr. Wickersham disse que há ainda questões a serem respondidas como quanto a pecuária pode pagar por este produto em comparação com grãos de destilaria e farelo de algodão que são ingredientes comuns encontrados na alimentação do gado hoje?
"A proteína bruta é de 20 por cento, mas a metade da composição química é cinzas", disse ele. “Em comparação com farelo de algodão, você tem que alimentar duas vezes mais com as algas para obter o mesmo efeito”. Na indústria de carne bovina, tradicionalmente o operador de vaca-bezerro paga mais por proteína que o confinamento. Isso é algo que temos de considerar.
Mais pesquisas adicionais são necessários para explorar plenamente o valor da alimentação das algas para bovinos a pasto. Dr. Wickersham disse que com a alimentação das algas "o desempenho é muito melhor do que o esperado em relação ao algodão”. “Isso é muito novo (pesquisa) e não há muita pesquisa lá fora", disse Drewery. Dr. Wickersham disse: "Ninguém nunca realmente olhou para um subproduto da produção de biocombustíveis de algas para alimentar o gado.”.

domingo, 10 de junho de 2012

E o mercado, como está? Ruim!

O preço atual é o menor dos últimos 12 meses:

Mas vai melhorar um pouco:


Mas não muito:


Ainda compensa comprar boi para confinar:


O bezerro não sobe, mas não cai:


A relação de troca não melhora, nem piora:


Mas a carne mesmo estável, apresenta tendência de alta:








quinta-feira, 7 de junho de 2012

Níveis recomendados dos principais ingredientes para rações de bovinos


Níveis recomendados dos principais ingredientes para rações de bovinos
Ingredientes
Nível de uso
Observações
Milho grão
sem restrição
3kg/UA/dia
UA= Unidade Animal
(450kg peso vivo)
Farelo Glúten 60
2,5kg/UA/dia
20 - 40% da
dieta (MS)
Farelo Glúten 22
2,5kg/UA/dia
20 - 40% da
dieta (MS)
Sorgo grão
3kg/UA/dia
substitui 100%
do milho
Farelo trigo
30 a 40% do
concentrado
bezerros 10 a 20 %
do concentrado
Farelo arroz
desengord.
20 a 30% do
concentrado
bezerros 10 a 20%
do concentrado
Farelo raspa mandioca
substitui 100%
do milho
-
Polpa cítrica
3kg/UA/dia
20% a 40% da
dieta (MS)
Farelo soja
sem restrição
base protéica
do concentrado
Soja grão
2kg/UA /dia
10 a 15% da
dieta (MS)
Farelo algodão
até 30% do
concentrado
bezerros até 20%
concentrado
Caroço algodão
2,5 a 3kg/dia
(engorda)
10 a 15 % dieta - touros
não é recomendado
Farelo de girassol
até 30% do
concentrado
-
Farelo de amendoim
20 a 30% do
concentrado
3kg/UA/dia
Farinha de
carne e ossos
3 a 5% do
concentrado
Proibido pelo
MAARA
- fonte bovina
Farinha de sangue
3 a 5% do
concentrado
Proibido pelo MAARA
- fonte bovina
Farinha de peixe
até 10% do
concentrado
3 a 4 % na dieta (MS)
Cama de frango
40 a 60% do
concentrado
Proibido pelo MAARA
- fonte bovina
Sebo
até 5% de Ext.
etéreo na dieta
Proibido pelo
MAARA
- fonte bovina
Uréia
-
Vide item 2.16
Casca amendoim
12 a 15% da
MS total
Substituição
do volumoso
Casca de arroz
10 a 15% da
MS total
Substituição
do volumoso
Casca de algodão
30 a 35% da
MS total
Substituição
do volumoso


Fonte: Fabiano Alvim Barbosa - http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/artigos_nutricao_bovinos.htm