sábado, 31 de março de 2012

Qual o seu custo de produção?

A Embrapa tem uma planilha muito boa para determinar custos de produção em pecuária de corte. O melhor de tudo é que ela é grátis.
Veja no link:
http://www.cnpgc.embrapa.br/produtoseservicos/ControlPec/index.htm

Caso queira fazer o controle financeiro e zootécnico, há também uma planilha completa para o controle total da propriedade:
http://www.cnpgc.embrapa.br/produtoseservicos/gerenpec/index.html

quarta-feira, 14 de março de 2012

Como identificar panicuns?

A tabela apresentada em um dos Simpósios da ESALQ pode ajudar:


sexta-feira, 9 de março de 2012

E o Mercado, como está?

TRAGÉDIA!!!

O boi está no menor preço dos últimos doze meses:


Talvez seja o momento de esperar uma época menos ruim, para quem tem pasto e caixa ....



Mas mesmo para outubro, a expectativa não é animadora...


Também, com o mercado frio e com várias semanas de baixa...



O preço do bezerro também caiu...


Mas modificou pouco a relação de troca...


Para o consumidor, a carne continua com preço elevado...










segunda-feira, 5 de março de 2012

A realidade dos dados e visões distorcidas


Este texto do Martha Jr está muito bom e realista. Vale a pena ler.

A realidade dos dados e visões distorcidas
Geraldo B. Martha Jr
Muito se tem falado sobre a pecuária brasileira. Por vezes se difunde a visão de uma pecuária pouco produtiva e ineficiente, incompatível com a realidade e as demandas do século 21. Dois equívocos, importantes para esse debate, têm sido frequentes.

O primeiro é de ordem conceitual: a taxa de lotação não é sinônimo de produtividade animal em pastagens. Esta é obtida multiplicando-se a taxa de lotação (cabeças por hectare) pelo desempenho animal (ganho de peso). Quando se decompõem os ganhos de produtividade alcançados entre 1950 e 2006, o desempenho animal explicou 38% desses ganhos, enquanto a taxa de lotação, 62%. De 1950 a 1975, a produtividade cresceu só 0,28% ao ano, e aumentou para 3,62% ao ano, de 1975 a 1996.

Parte significativa dos resultados da modernização da pecuária ocorreu entre 1996 e 2006, quando a produtividade cresceu 6,6% ao ano e o desempenho animal explicou 65% desse ganho. Para quem considera, erroneamente, a taxa de lotação como sinônimo de produtividade, a taxa de crescimento entre 1996 e 2006 foi de 2,3% (35% do ganho real). Conclusão: esse critério equivocado induz a erros de interpretação, subestimando em até três vezes os ganhos reais de produtividade registrados na pecuária.

O segundo equívoco sustenta que a pecuária é um setor de baixa tecnologia, que cresce prioritariamente à custa da expansão da área de pastagem. No entanto, a decomposição dos fatores de crescimento da produção pecuária entre 1950 e 2006 revela que os ganhos de produtividade explicaram 79% do crescimento na produção, enquanto a expansão de área de pastagem respondeu por menos de 21% desse avanço.

No período, esses ganhos de produtividade possibilitaram um expressivo efeito poupa-terra de 525 milhões de hectares. Portanto, sem esses ganhos de produtividade, uma área adicional de 525 milhões de hectares - 25% superior ao Bioma Amazônia do Brasil - seria necessária para obter a mesma produção de carne bovina registrada em 2006. Entre 1996 e 2006, o aumento da área de pastagem na Região Norte explicou menos de 6% do crescimento da produção. Os ganhos de produtividade nessa região promoveram um efeito poupa-terra de 73 milhões de hectares.

Existem discordâncias quanto às estatísticas da pecuária. Números alternativos aos do IBGE apontam, para 2010, área de pastagem no País da ordem de 210 milhões de hectares e produção de 8,8 milhões de toneladas de equivalente carcaça. Considerando esses dados, para o período de 1950 a 2010, os ganhos de produtividade ainda explicariam expressivos 68% do crescimento da produção. O efeito poupa-terra seria aumentado para 665 milhões de hectares.

Diante desses resultados, conclui-se que, ainda que possa haver dúvidas sobre qual base de dados reflete melhor os aspectos estruturais da pecuária nacional, é inquestionável que seu desenvolvimento se tem pautado, prioritariamente, em ganhos de produtividade, gerando um expressivo efeito poupa-terra, com benefícios significativos para a preservação dos recursos físicos.

Críticas vêm sendo feitas à pecuária no sentido de que ela precisa trilhar o caminho da sustentabilidade. Certamente, há espaço para avançar. A análise dos dados, porém, indica que a expansão da produção pecuária no Brasil foi fundamentada no incremento da produtividade, e não na expansão da área de pastagem. O desenvolvimento e a adoção de tecnologias baseadas em ciência foram fundamentais nesse processo. O esforço de modernização do setor produziu, além dos já citados benefícios ambientais, importantes benefícios socioeconômicos. Por exemplo, o preço da carne bovina em junho de 2010 valia, descontada a inflação, cerca de 30% do valor pago em novembro de 1973. Essa expressiva queda de preços (acompanhada de menor volatilidade) tornou um alimento de alto valor biológico acessível aos mais pobres, atenuou pressões inflacionárias e, pelo efeito-renda da demanda - em especial na população de renda mais baixa -, dinamizou outros setores da economia.

Fonte: O Estado de São Paulo

sexta-feira, 2 de março de 2012

O que o consumidor pensa?


Uma interessante pesquisa de opinião pública realizada com 97 mil pessoas de 26 diferentes países pelos pesquisadores Matt Erickson e Dennis Di Pietre teve o resultado publicado no trabalho intitulado “The International Consumer Attitudes Study” e mostrou o quanto a população mundial realmente se importa com muitos dos argumentos pejorativos presentes na imprensa no momento de comprar um produto de origem animal. O resultado foi o seguinte:
  • 95 % dos consumidores são compradores de alimentos
  • Apoiam ou são neutros em relação à utilização de novas tecnologias de melhora da eficiência;
  • Fazem compras com base no custo, sabor e valor nutritivo;
  • Não tomam decisões de compra diária com base em preocupações de segurança alimentar; Não tomam decisões de compra com base no que sentem sobre questões políticas, como o direito dos animais.
  • 4 % dos consumidores são compradores de estilo de vida
  • Compram de acordo com seu estilo de vida: etnicidade, vegetarianismo, apoio aos orgânicos, apoio a fornecedores locais, etc;
  • Para este grupo, o fator em sua decisão não está baseado em dinheiro.

Valor da produção do agronegócio em São Paulo

O Agronegócio Paulista não para de crescer e as principais atividades (cana, carne bovina, laranja, milho e soja) cresceram 378% no valor de sua produção nos últimos 10 anos. O grande destaque foi a cana-de-açúcar, mas a pecuária dobrou de tamanho no período (97% de aumento). Isto significa que se um produtor de carne bovina cresceu sua atividade na média do mercado, hoje seu faturamento seria o dobro daquele de 10 anos atrás.


quinta-feira, 1 de março de 2012

A pecuária está difícil, mas tem coisa pior.

Se você acha que está difícil ganhar dinheiro com a atividade pecuária, tente isto:
http://www.youtube.com/watch?v=3nbezw5Ue_g

PREVISÃO DE ENFRAQUECIMENTO DO FENÔMENO LA NIÑA DURANTE O OUTONO DE 2012

A previsão climática para o trimestre março a maio de 2012 (MAM/2012) continua apontando para uma maior probabilidade (40%) das chuvas ocorrerem na categoria acima da normal climatológica nos setores central e norte da Região Norte. Esta previsão foi baseada principalmente no gradual enfraquecimento do fenômeno La Niña no decorrer deste trimestre. Também foi mantida a previsão de consenso que indica maior probabilidade (75%) das chuvas ocorrerem entre as categorias normal e abaixo da normal climatológica no norte da Região Nordeste. Para as demais áreas do Nordeste e na grande área central do Brasil, que inclui as Regiões Sudeste e Centro-Oeste, a previsão indica o padrão climatológico, ou seja, igual probabilidade de chuvas para as três categorias. Nestas regiões, ainda podem ocorrer condições de excesso de chuva no início deste trimestre, em função da atuação de sistemas convectivos locais, da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e de uma possível influência de sinais de oscilações intrassazonais favoráveis ao aumento das chuvas. No oeste da Região Sul, ainda persiste maior probabilidade das chuvas ocorrerem nas categorias normal e abaixo da normal climatológica no decorrer deste trimestre. As temperaturas continuam sendo previstas dentro da normalidade para MAM/2012 em todo o País, ressaltando-se as incursões de massas de ar frio esperadas para o final deste trimestre. 


Fonte: http://clima1.cptec.inpe.br/