sábado, 30 de março de 2013

Ambiência não é Bem-Estar Animal


Ambiência não é Bem-Estar Animal

Como citado em artigo aqui publicado em 2012 (O sistema de produção de leite não define o nível de bem-estar animal), ambiência animal não é sinônimo de bem-estar animal (BEA; Figura 1). Parece simples, uma vez que se conhece o conceito de ambos os termos, mas existem muitos que ainda não sabem diferenciá-los e, consequentemente, implantá-los de forma adequada nas propriedades leiteiras.

Figura 1. Esquema explicativo da complementariedade dos conceitos de conforto térmico, ambiência e BEA (Silva, 2012).

Bem-estar é um conceito amplo que considera, dentre diversos aspectos, a qualidade de vida física e mental do animal. Para favorecê-lo, deve-se fornecer água e alimento em quantidade e qualidade adequadas, ambiente confortável para o animal deitar e se movimentar sem dor, favorecer trocas sociais saudáveis entre os animais e o ser humano (Milkpoint, 2012). Conforto térmico é um dos diversos fatores aqui citados, que deve ser fornecido aos animais, influenciando positivamente no BEA.

Não é novidade que as fazendas leiteiras no Brasil passam por uma série de dificuldades em relação à ambiência de seus animais. Ambiência, na concepção da palavra, define-se pelo “meio em que vive um animal”, ou seja, tudo aquilo que faz parte de seu meio. Segundo o dicionário Aurélio, ambiência representa “o meio físico estético ou psicológico especialmente preparado para as atividades humanas” e/ou animais.

Quando o assunto em pauta é ambiência de vacas leiteiras, um dos pontos mais importantes e desafiadores é o conforto térmico. Muito tem se discutido sobre o assunto, principalmente por influenciar diretamente aspectos produtivos e reprodutivos e, assim, o bolso do produtor.

Vacas devem estar em conforto térmico para serem mais eficientes, isto é, não precisam dispor de mecanismos termorreguladores para estarem em sua zona termoneutra, e consequentemente, não estarão gastando energia para alcançar isto. Desta forma, esta energia será direcionada à produção de leite.

Sabe-se que, sob condições de estresse térmico, as vacas reduzem o consumo de alimento, na tentativa de diminuir a taxa metabólica e a produção de calor endógeno. Neste cenário, minimizar o estresse térmico evita, por exemplo, estas mudanças de consumo, o que influenciaria negativamente na produção de leite. 

É importante enfatizar que quanto mais a vaca deixa de gastar energia tentando manter-se na zona termoneutra, mais ela disponibiliza esta energia para se alimentar e reverter isto em leite.

Pode-se citar a adoção de um manejo simples e extremamente eficiente. Collier (1985) já observava sobre o efeito positivo do sombreamento na produção de leite. Mesmo para vacas em transição, a sombra é eficiente em diminuir a carga térmica radiante e beneficiar a produção de leite subsequente (Tabela 1).



Em conforto térmico, as vacas descansam e aproveitam melhor os recursos oferecidos. Segundo Matzke (2003), vacas que produziram mais, também descansaram mais (Tabela 2). Em zona termoneutra, poderão usufruir mais e melhor de outros aspectos, que também são essenciais para a otimização da produção: adequada nutrição, saúde, área de descanso, temperatura, ambiente favorável para demonstrar comportamento natural.



Deve-se considerar que a ambiência, o conforto térmico e o BEA estão intimamente relacionados, entretanto, cada um tem sua própria definição e contribuição no sistema de produção. Entendê-los é de extrema importância para que as decisões sejam tomadas de acordo com a possibilidade e realidade de cada propriedade leiteira. 

O que deve ser deixado bem claro nesse texto é que não se produz leite de qualidade sem considerar a importância dos aspectos citados. Cabe ao produtor adequar as ações positivas que deverão ser implantadas em seu processo produtivo, de forma que o planejamento seja a curto, médio e longo prazos, agregando consequentemente nos resultados finais esperados. É necessário que o primeiro passo seja dado.

Referências Bibliográficas

COLLIER, 1985. Citado por CAMPOS, E.F. (2009). Manejo e cuidados necessários durante o período de transição – Pré-parto. 
MATZKE, W. C. 2003. Behavior of large groups of lactating dairy cattle housed in a free stall barn. M.S. Thesis. Univ. of Nebraska, Lincoln.
SILVA, I.J.O. Ambiência Pré e Pós Porteira: novos conceitos da ambiência aninal. SIMCRA - Simpósio de Construções Rurais e Ambiência. Palestra - Cd-Rom -. UFV, Viçosa, 2012.
[Milkpoint]. 2012. O sistema de produção de leite não define o nível de bem-estar animal. 
Fonte: Milk Point

Um comentário:

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